domingo, 27 de fevereiro de 2011

Balada de um Palhaço

O ser e a alma

Peça teatral baseada em texto
de Plínio Marcos discute a condição humana.

“Eu não entrei na trilha dos saltimbancos por acaso, para ser um reles fazedor de graça”. A frase dá mostras da contradição e da angústia vivida pelo personagem  descrito na peça teatral “A alma do palhaço”, de autoria de Plínio Marcos, que será apresentada no Festival de Curitiba - no Auditório Carteiro Oswaldo Teixeira (Correios).

Um palhaço cansado das piadas de sempre, em busca de um sentido para o ofício de artista. Um ser humano a procura de significado para uma existência medíocre. O ponto de equilíbrio entre o ator e a sua condição de indivíduo. O processo de produção artística no limite entre tradição e ruptura a ética e a estética no contexto destas ambigüidades.

Tudo isso é o que oferece o trabalho desse expoente da dramaturgia brasileira, cujo texto recebe a montagem dos atores Braz Pereira e Edson Furlanetto, com direção de Regina Bastos.

A narrativa foi idealizada em 1985, durante a permanência do autor em um hospital, devido a um enfarte, e escrita em 1986. O palhaço Bobo Plin, um dos personagens da obra, era como Plínio Marcos costuma chamar a si próprio.

A montagem cênica alterna momentos cômicos e trágicos, mensagens de esperança e desencantos, refletindo a preocupação existencial do autor.

Ao final, o recado, nas palavras do autor: “Eu quero fazer minha alma”.


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