terça-feira, 15 de agosto de 2023

Eliane Pedroso

Eliane Pedroso, atriz formada pelo curso de bacharelado em teatro em 2013 pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) e bacharelado em gestão cultural em 2014. Ela tem uma ampla experiência no campo das artes cênicas, com diversas atuações em peças de teatro.

Entre suas atuações, destacam-se a peça "Homem ao Vento" de Marcos Damasceno, com direção de Laercio Rufa, onde ela fez parte do elenco. Eliane também fez parte do grupo Tanahora com atuação no espetáculo "Assim é Se lhe Parece" de Pirandelo.


Participações em outras peças, como "Marido, Matriz e Filial" de Sergio Jocymann, "Entre Quatro
Paredes" de Sartre, assim como nos espetáculos "Nosso Lar"e "A Bela Adormecida".

Essas experiências com diferentes peças e gêneros teatrais demonstram a versatilidade e habilidade de Eliane Pedroso como atriz. Com um background acadêmico sólido e uma variedade de atuações em seu currículo, ela é uma profissional com uma ampla gama de habilidades e conhecimento no campo do teatro.

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Braz Pereira


Braz Pereira é um ator formado em 1993 pelo curso de Artes Cênicas no Colégio Estadual do Paraná. Durante sua carreira, ele acumulou uma série de trabalhos de destaque, mostrando sua versatilidade e habilidade no palco.

Um dos principais trabalhos de Braz Pereira inclui sua atuação na peça "Marido, Matriz e Filial", de Sergio Jockyman.

Além disso, Braz também se destacou em outras produções teatrais como "Entre Quatro Paredes", de Sartre, e "Baladas de um Palhaço", de Plínio Marcos. Nessas peças, ele teve a oportunidade de explorar diferentes nuances e emoções, mostrando sua versatilidade como ator.

Em seu repertório, Braz Pereira também participou da montagem teatral "No Retrovisor", de Marcelo Rubens Paiva. Essa peça aborda temas profundos e reflexivos.




Braz também se destacou em espetáculos como "Nosso Lar". Essa peça é baseada na obra homônima psicografada por Chico Xavier, abordando temas espirituais e de autodescoberta. 

Sua formação sólida e seus trabalhos marcantes contribuíram para seu crescimento profissional e para sua evolução como artista.

Entre Quatro Paredes - de Jean Paul Sartre

Os três personagens morreram e chegam ao inferno. Este, porém, não tem demônios nem fornalhas como na tradição cristã. É apenas um quarto fechado onde os três se veem condenados a conviver uns com os outros.
Garcin, um escritor, queria ser um herói mas foi covarde. Ele teme que as suas duas companheiras de danação descubram sua covardia. Estelle é uma burguesa fútil que assassinou o bebê que teve com seu amante, e foge da própria culpa responsabilizando o destino. Inês, homossexual, funcionária dos correios, é agressiva e procura reforçar o sofrimento dos outros.
Confinados numa sala, sem espelhos, os três são obrigados a se ver através dos olhos dos outros. Inês tenta conquistar Estelle, que, por sua vez, mostra interesse por Garcin. Inês joga um contra o outro, forçando-os a exibir as suas faltas. À medida que a convivência se torna insuportável, Estelle tenta matar Inês, que apenas ri, pois já está morta. Garcin tenta se vingar amando Estelle diante de Inês.

Expostos em suas falhas, os três acabam chegando à conclusão formulada finalmente por Garcin: o inferno são os outros.
A primeira montagem de Entre quatro paredes no Brasil foi encenada por Adolfo Celi. A peça estreou em 24 de janeiro de 1950, no Teatro Brasileiro de Comédia. O elenco era formado por Sérgio Cardoso (Garcin), Cacilda Becker (Inês) e Nydia Licia (Estela), além de Carlos Vergueiro como o criado.

Às vésperas da estreia, o espetáculo foi censurado, devido às pressões do Partido Comunista Brasileiro e da Igreja Católica. O veto só foi superado após debates com intelectuais e uma autorização expressa dos confessores para que os atores interpretassem seus papeis.

Celi voltaria a dirigir a peça em 1956, com Paulo Autran, Tônia Carrero e Margarida Rey

Huis Clos - Jean Paul Sartre
Direção Geral - Ilka Reis
Iluminação - O Grupo
Operação de Luz - Letícia Bruel
Sonoplastia - Filipe Raicoski
Elenco - Braz Pereira, Eliane Pedroso, Vilma Fernandes e Órli Carrara

Flores Dispersas – Fragmentos da Vida e Obra da Poetisa Júlia da Costa”

O espetáculo teatral “Flores Dispersas – Fragmentos da Vida e Obra da Poetisa Júlia da Costa”, com direção de Regina Bastos, é baseado na coletânea “Flores Dispersas”, publicada por Júlia da Costa entre 1867 e 1868. A peça revela a vida intensa, as paixões e os desencantos dessa que foi uma das primeiras representantes da poesia feminina paranaense. Segundo a diretora, “A vida dela é cheia de lendas. Pesquisamos nas fontes que consideramos mais seguras”.
A peça busca resgatar os grandes momentos da vida intensa de Júlia da Costa, conhecida como a poetisa das rosas. Uma mulher extraordinária que

viveu intensamente a sua época. Considerada uma figura controvertida, forte, decidida e à frente de seu tempo, suas publicações no entanto, foram a público sob pseudônimos como Sonhadora, Americana e J.C. entre outros.

"Não era uma mulher bonita, porém muito elegante e assim, atraente. Sabia tocar piano e escrevia poesias. Era a poetisa da cidade e publicava muitos artigos nos jornais. Talvez fosse a única mulher pensante de toda São Francisco e por isso, era tão temida pelos homens. Uma mulher que entendia sobre política, que escrevia poesias e críticas nos 
jornais, que ousava nas roupas e pintava os cabelos, que defendia ferrenhamente a monarquia e o imperador era uma ameaça a qualquer homem em sã consciência. Talvez Carvoliva pensasse assim. Talvez Carvoliva fosse um grande covarde."

"Ele, por várias vezes, jurou amor eterno e dizia ser capaz de enfrentar os boatos da cidade maldosa para ficar com Júlia. Mentiras sinceras não interessam a Júlia. Ela era uma mulher firme, inteligente e não gostava de esperar e quando, por exceção, esperou Carvoliva por os riscos desse amor impossível no papel, decepcionou-se. Ele fugiu do destino como um rato. Patético e humilhante."
Apesar de Júlia ter parado de escrever e perdido parte da visão depois do autoexílio, o tempo passado a quatro paredes – em que ela tinha somente a assistência de uma empregada, chegando a fechar as janelas com pedaços de madeira – não teria sido improdutivo. Foram encontradas depois de sua morte, colagens nas paredes, com muitas flores em papel seda, no que ela dizia ser uma antecipação para escrever a história de sua vida num romance, que infelizmente não se concretizou.

Essa referência às colagens, é utilizada no espetáculo na forma de painéis translúcidos, em que Regina Bastos e seu marido, o premiado iluminador Beto Bruel, imprimiram imagens representando objetos e a mobília da época. Por trás e diante da tela, os atores representam cenas dos poemas e da vida de Júlia. “Como vamos nos apresentar em espaços onde talvez não haja um palco, fizemos uma instalação que inclui tela e iluminação”, diz a diretora. Outra detalhe particular é o de que a peça mantém a linguagem antiga do século 19, com trechos extraídos das obra e das cartas de amor da poetisa.






Idealização Cia Insaio de Teatro
Realização Laurinha Produções

Texto e direção: Regina Bastos.
Elenco: Braz Pereira, Órli Carrara,
Vilma Fernandes e Susi Monte Serrat.
Cenário: Enéas Lour
Iluminação: Beto Bruel
Sonoplastia: Chico Nogueira
Figurino: Aldice Lopes
Maquiagem: Mozart Machado
Adereços: Irineu Klosowski.
Operação de Som e Luz: Elaine Pereira e Alan Cristian

Agradecimentos: Rafael Azevedo, José Barbosa,
Anaís Monte Serrat, Joel Murici, VinilSul e Laurinha.
Fotos/Beto Bruel

No Retrovisor, dois amigos em busca do tempo perdido

Peça estabelece um diálogo dramático pungente e inacreditavelmente cômico

Se o tempo é uma abstração humana, a memória nem tanto. Einstein pode parecer longínquo, mas Proust está No Retrovisor até dos que não o leram. Este é o título da peça de Marcelo Rubens Paiva, que uma interpretação apaixonada transformou em algo que inquieta, arrasta o espectador para dentro do seu espelho íntimo. Dois amigos se reencontram e se redescobrem quase antípodas. A linguagem comum que lhes resta é da ironia pesada e das cobranças dentro do sentimento de culpa. Mas nem por isso deixam de extravasar um humor devastadoramente engraçado e - estranho - muito dolorido. Tudo vale, menos auto-piedade, e aí está a grandeza da obra e sua realização teatral.

Se o encanto de Paris transformou em charme a “geração perdida” (Scott Fitzgerald e outros bêbados talentosos ), a realidade aqui embaixo é menos venturosa. No Retrovisor sintetiza uma geração, uma época (anos 80) e uma faixa social que o autor conhece bem: a classe média com veleidades de transformação sem saber exatamente do que. Antes dela - ou se confundido com ela - estiveram os hippies e os malucos-beleza que cruzaram com os esquerdistas dos anos 70 - um “povo” que morreu de “susto, bala ou vício” (Caetano dixit in Soy Loco por Ti América).

Juventude de extração universitária pagando caro por suas fantasias. Parte se equivocou nas opções existenciais, muitos desapareceram entre as areias de Arembepe, as dunas da Gal (pontos dos “alternativos, desbundados e bichos-grilo” em geral - seja lá o que isso queira dizer) e os porões da repressão ditatorial. Por outras palavras, No Retrovisor deixa de lado ilusões românticas e encara - sempre temos de encarar - o que resta entre a realidade e o projeto existencial. É aí que mora o perigo: neurose, desespero e a raiva. Ou, ao contrario: paz.

No reencontro dos velhos camaradas, um abismo se desvela. Um ficou cego no acidente em que ambos se meteram quando eram belos, farristas e esperançosos. O resumo pode soar simplista - mas aqui entra a maestria literária e coragem pessoal de Marcelo Rubens Paiva (há um substrato autobiográfico na ação). A peça não prova nada - a favor ou contra - mas assume o preço da juventude sem o choro lindo mas antigo de “esses moços, pobres moços” (Lupicínio Rodrigues). Há uma parte de vontade pessoal e uma parte do imponderável. Há aceitação e desesperança, e é nas medidas bem calculadas de um e outro destes componentes que a vida/ficção acontece. O cego ostenta um fatalismo desarmante. O sobrevivente do desastre gira nos círculos dos LPs de rock pauleira. Tem olhos, um apartamento sujo, um filho de colo e uma mulher distante. Boa questão indagar qual vida é a melhor.

Balada de um Palhaço


 Peça teatral baseada em texto de Plínio Marcos discute a condição humana. 

 
“Eu não entrei na trilha dos saltimbancos por acaso, para ser um reles fazedor de graça”. A frase dá mostras da contradição e da angústia vivida pelo personagem descrito na peça teatral “A alma do palhaço”, de autoria de Plínio Marcos, que será apresentada no Festival de Curitiba - no Auditório Carteiro Oswaldo Teixeira (Correios). Um palhaço cansado das piadas de sempre, em busca de um sentido para o ofício de artista. Um ser humano a procura de significado para uma existência medíocre. O ponto de equilíbrio entre o ator e a sua condição de indivíduo. O processo de produção artística no limite entre tradição e ruptura a ética e a estética no contexto destas ambigüidades. Tudo isso é o que oferece o trabalho desse expoente da dramaturgia brasileira, cujo texto recebe a montagem dos atores Braz Pereira e Edson Furlanetto, com direção de Regina Bastos. A narrativa foi idealizada em 1985, durante a permanência do autor em um hospital, devido a um enfarte, e escrita em 1986. O palhaço Bobo Plin, um dos personagens da obra, era como Plínio Marcos costuma chamar a si próprio. A montagem cênica alterna momentos cômicos e trágicos, mensagens de esperança e desencantos, refletindo a preocupação existencial do autor. Ao final, o recado, nas palavras do autor: “Eu quero fazer minha alma”.

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Marido, Matriz e Filial em Campina Grande do Sul

 

Como resolver um conflito de traição entre três personagens? Em Marido Matriz e Filial, não há como fugir das histórias e mentiras entre os personagens.

Fatos inusitados e divertidos surgem quando o
interrogatório se inicia em relação ao marido: O Traidor. Para não perder a mulher e muito menos a
amante, Luiz tenta manter a passividade e calma neste "tribunal", mostrando o porquê de ter traído. Já sua esposa, Ana, que não quer perdê-lo, ataca-o e defende-o, e sem perder tempo, arquiteta planos para
tirar a amante da jogada. Esta, por sua vez, trabalha de todas as maneiras para conseguir o "marido"
definitivamente e colocar um ponto final no triângulo.

Estreou no dia 18 de Março de 2010 durante o festival de Curitiba com apresentações no Teatro
Odelair Rodrigues, a partir de então foram mais de 100 apresentações que contemplaram as cidades de
Joinville, Itajaí, Lapa, Foz do Iguaçu, Palotina, Araucária e Cascavel, além de participações nos projetos
Educultura e Litercultura da Prefeitura de Curitiba com apresentações para mais de 2000 professores da
rede pública.

Serviço: Marido, Matriz e Filial
Local - Teatro José Carlos Zanlorenzi 

Cidade - Campina Grande do Sul - Pr
Data - 05 de Agosto às 20:00 hs